quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Eu e o Outro

O conhecimento de si próprio e a noção de identidade constroem-se em relação e interação com o outro e com o meio. Ao longo do seu desenvolvimento, pouco a pouco, a criança vai diferenciando a sua própria identidade e encontrando as formas de participar no seu grupo sociocultural. Ao nascer já dispõe de todas as estruturas orgânicas próprias da espécie humana, mas ainda são imaturas para estabelecer as interligações à complexidade da vida no seu meio físico e cultural. Ainda tem de passar por um processo de maturação e desenvolvimento progressivo, ao longo da infância, através dos contactos com o seu meio.

A criança, na sua exploração motora, visual, auditiva, irá coordenando os seus diferentes sentidos e analisará e interiorizará dados, obterá informações e receberá diferentes experiências dos outros.
E, é deste modo, que o ser humano se constrói na interação social, sendo influenciado e influenciando o meio que o rodeia. É nos contextos sociais em que vive, nas relações e interações com outros, que a criança vai interiormente construindo referências que lhe permitem compreender o que está certo e errado, o que pode e não pode fazer.

Aos poucos a criança vai aprendendo a tomar consciência de si e do outro. É na interrelação que a criança vai aprendendo a atribuir valor a comportamentos e atitudes seus e dos outros, conhecendo, reconhecendo e diferenciando modos de interagir.


  Favorecer a autonomia da criança… assenta na aquisição do saber-fazer indispensável à sua independência e necessário a uma maior autonomia, enquanto oportunidade de escolha e responsabilização.”
in, Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, p. 53




As cores na arte

Temos explorado algumas obras de arte e falado das suas cores, pois para fazermos as nossas pinturas usamos muitas cores e todos temos as nossas cores preferidas.

Depois de vermos um pequeno filme sobre o “casamento das cores”, também nós experimentámos “casar” (juntar) algumas cores e descobrir o resultado. Foi uma experiência muito engraçada e surpreendente: vermelho + azul=roxo; vermelho + amarelo=laranja; azul + amarelo=verde)


A propósito das cores, mais especificamente do vermelho, fizemos a nossa visita à exposição “Vermelho… uma viagem através da cor”, onde ouvimos falar de muitas coisas vermelhas e até de emoções, como quando ficamos vermelhos de vergonha, por exemplo. O universo Chinês, o corpo humano e a arte também foram explorados a propósito do vermelho. Brincámos muito e pudemos mexer e explorar tudo o que estava no museu. Foi muito divertido!


Também em sala, o vermelho mereceu a nossa especial atenção e procurámos algumas obras de arte onde o vermelho ganhou destaque. Depois de falarmos sobre as obras, também nós fizemos a nossa pintura “a vermelho”…


Aproveitamos para agradecer às nossas famílias com arte que continuam a oferecer-nos o seu tempo e dedicação.
A família da Matilde S., trouxe-nos um teatro muito engraçado que nos falou de um lobo que não gostava da sua cor e que depois de se ter transformado em muitas cores, acabou por se aceitar como era e ser feliz assim mesmo. Gostámos muito do teatro e desta bonita mensagem.


A família da Flávia veio fazer bolachas de manteiga que cortámos com a forma que mais gostámos e decorámos com canela e chocolate. Ao lanche saboreámos as bolachas e estavam muito boas.


Visita de estudo à Ilustrarte

Fomos ao Museu da Eletricidade (Martim), vimos uma exposição de livros (Margarida L.), vimos desenhos pintados (Catarina) eram as imagens das histórias (Leonor S.) que se chamam ilustrações (Tomás).


As ilustrações eram feitas de pinturas de tintas (Tomás e Santiago), outras de aguarelas (Leonor S.), outras com lápis de cor (Alexandre), com canetas de feltro (Pedro e Dúnia), de chá (Tomás), com lápis de carvão (Tiago) e também com tecido (Íris).

A Ana mandou-nos sentar nos pufes e, mostrou-nos livros e as suas ilustrações (Francisco). Vimos muita literatura (Mariana F.), lemos muitos livros (Alexandre) de José Jorge Letria (Catrina).


 Depois fomos para uma sala, escolhemos um objeto de dentro de um saco (Leonor S.) e fizemos a nossa história (Pedro) e ilustrámos a nossa própria história (Dúnia).



Projeto pais  “A arte que vive em minha casa”

Os pais da Bárbara vieram à nossa sala, para nos falar de um pintor chamado Roy Lichtenstein. Lichtenstein, artista minimalista do séc. xx, tinha como principal intenção valorizar as fontes inspiradoras da arte moderna, através da Pop Art, transformando o trabalho de vários artistas, através do uso de cores primárias e sombras (como por exemplo nos ícones das histórias aos quadradinhos).


Então, pensando num ícone de Sintra, a mãe Andreia desenhou o conhecido Palácio de Sintra para nós podermos pintar e usar a técnica do pontilhismo.


Enquanto uns pintavam com tintas, outros tentavam reproduzir o desenho a lápis de carvão.

Massa mágica

A Catarina esteve a fazer uma actividade. (Marta C.)
Foi a massa mágica. (Matilde Castro)

Põe-se água e farinha. (Alexandra), maizena e mexe-se. (Leonor Soares)


É boa para tirar a varicela e para tirar as feridas. (Irina)
A farinha também serve para pôr o bolo macio. (Marta C.)
E por os molhos grossos. (Rodrigo Patrocínio)
A massa era mágica porque a massa caía porque derretia na mão. (Leonor Cruz). Ficava líquida. (Irina)


Às vezes ficava dura se apertássemos. (Marta M.)


Mafalda – Eu gostei porque a massa caía da mão.
Carolina – Eu  gostei…ela caía da mão.
Catarina – Eu gostei de fazer a massa.
Leonor Soares – Eu gostei porque escorria da mão.
Diogo – Eu fiz pizza com os amigos.
Margarida – Eu gostei porque nós podíamos brincar com a massa.
Leonor Carmo – Eu ajudei o Diogo a fazer pizza e gostei de brincar.


Leonor Cruz – Eu gostei de brincar com a massa porque ela caía.
Afonso – Eu gostei de brincar com a massa porque caía na mesa e ficava dura.
Matilde Castro – Também brinquei com a massa e gostei.
Marta M. – Eu gostei da massa porque fazia cócegas nas mãos.
Matilde Cruz – Eu gosto porque escorria das mãos.
Leonor Santos – Eu também gostei e brinquei com a Marta C.
Mariana – Gostei de brincar com a massa mágica. Foi divertido.
Alexandra – Gostei de brincar sozinha e a Matilde C. disse que era divertido.
Rodrigo Patrocínio – Eu gostei e fiz uma pizza sozinho.
Irina – Eu gostei porque ela escorria das mãos (estava líquida) e depois ficava “seca”.
Rodrigo Pires – Eu gostei era tão fofinha e macia.
Manuel – Eu gostei da farinha e ela era mágica.
Leonor M. – Eu gostei de brincar com a Madalena.
Madalena – Eu gostei e brinquei com a Leonor M. e foi divertido.
Marta C. – Foi divertido porque escorria pelas mãos.
Dinis – Eu gostei da massa mágica porque gostei; a massa caía das mãos para a mesa.

Tangram e linguagem

Depois de termos ouvido a lengalenga : ”Era uma vez um gato xadrez”, tentámos através do material tangran reproduzi-la. Aprendemos a fazer o gato com este material e depois cada um de nós coloriu uma página e através de colagens reconstruímos a lengalenga. 


Apesar de este ser um material utilizado na aquisição de conceitos matemáticos, a sua versatilidade permitiu-nos explorá-lo ao nível da linguagem.
Como a chuva teima em deixar-nos, falámos sobre palavras que nos fazem lembrar o Inverno e depois cada um de nós ilustrou e reproduziu a palavra escolhida. 

Esta semana o ratinho Mateus visitou o monumento dos descobrimentos e o desafio que o Isaac e a sua família nos propuseram, foi o de construirmos com plasticina réplicas da caravela dos descobrimentos. Lançámos mãos à obra e daí resultaram uns lindos barcos à vela feitos em plasticina com velas de restos de tecido e ainda um mastro feito com palhinhas. O que não falta é imaginação a estes pequenos grandes artistas. Mais uma vez agradecemos a colaboração desta família. 



No final da semana fomos passear até ao museu da electricidade onde visitámos a exposição Ilustrarte onde pudemos folhear livros de diversos autores ...

... e no atelier depois de nos terem sido distribuídos vários objectos tais com um chapéu, uma bola, uma bolsa, uma escova de dentes e um leque construímos a história: “ As aventuras do António” da qual resultou um livro executado e ilustrado por nós que está exposto na nossa sala.

A magia do Carnaval

Com o carnaval quase a chegar decidimo-nos preparar para o receber.
Com as nossas mãos fizemos lindas máscaras para enfeitar a nossa sala.
Primeiro desenhámos a mão numa cartolina.

Depois a Sandra B. cortou e ficou assim.

De seguida pusemos as “mãos” num tabuleiro e pintámos com berlindes que rolavam de um lado para o outro (parecia magia).


E o resultado final ficou assim…


Desejamos a todos um carnaval com muita diversão|

Atividade com papel de revista

Com revistas velhas fizemos rasgagem, colagem e desenhámos com lápis de cera em vários painéis coletivos, ora vejam como foi:


Primeiro tentámos abrir as revistas, virar as páginas, e depois tínhamos que rasgar as folhas de papel…puxámos as folhas…dobrámos as páginas de papel…amachucámos o papel…e por fim alguns de nós lá começámos a rasgar as folhas…depois também amachucámos bocadinhos de papel e fizemos bolinhas…


Em grandes folhas, colámos o papel que rasgámos e desenhámos com lápis de cera.


No final da atividade colocámos todo o papel que sobrou no papelão da nossa sala, logo de pequeninos aprendemos que o papel que não utilizamos é para o papelão, não fossemos nós uma Eco Escola!



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Brincar com Fantoches


Esta semana apareceu na sala uma caixa cheia de fantoches de vários tipos e formas, coloridos e sobretudo representando animais…uns mais conhecidos como o cão “ão…ão” e o pato “quá…quá” e outros menos como o crocodilo…”ai que susto!”

                                     “Ai, ai o crocodilo vai morder o R.”


                                               “Ão…ão…é o cão”.


“A utilização de fantoches facilitam a expressão e a comunicação através “de um outro”, servindo também de suporte para a criação de pequenos diálogos, histórias, etc.” IN Orientações Curriculares para a Educação Pré Escolar”.p.60




Com...muito Amor!

Com… muito Amor!
Com… muitas gotinhas de amor fizemos um coração para oferecermos aos pais.


Com… muito cuidado esponjámos corações e contámos até cinco.


Com… muita doçura fizemos bolachinhas em forma de coração para o nosso lanche. 




E com… muito Amor ouvimos histórias especiais: “Adivinha o quanto gosto de Ti” e “Um Amigo”, durante esta semana dedicada ao Amor e à Amizade.

Os afetos


Em plena semana dos namorados, fizemos uma atividade na sala onde trabalhámos conceitos como a amizade, o ajudar os outros e o partilhar. A partir da observação de algumas imagens, as crianças, tinham de as associar a um dos conceitos, tendo em seguida feito um jogo a pares, visto que havia imagens que se repetiam e uma vez encontrado o par respetivo tinham de reproduzir por gestos o que estava na imagem.




Fizemos também bombons para levarem para casa no dia dos namorados.



Depois de terem ouvido a história: “O que é o amor?” e interrogados a este respeito, surgiram as seguintes respostas:
O amor é:
“Uma pessoa que gosta de outra” (Carolina);”ter uns ténis” (Afonso);”uma pessoa que brinca com outra pessoa” (Tiago G.);”uma pessoa que brinca com a outra” (Soraia, Francisco e João);”um namorado que brinca com o outro”(Duda);”brincar com outro” (Mariana);”brincar” (Sofia e Rafael);”um amigo que brinca e gosta de outra pessoa” (Isaac);”uma pessoa que gosta de passear com outra pessoa” (Angelina);”uma pessoa que está apaixonada pela outra” (Daniel);”ter uma namorada” (Henrique);”uma pessoa que brinca com outra para a deixar feliz” (Duarte);”um menino que apaixona-se por uma menina” (Tiago S.);”uma pessoa que gosta de outra e dá um ramo de flores à outra de quem gosta” (Joana);”uma pessoa que gosta do amigo e que dá flores à namorada” (Matias);”uma pessoa dar flores a outra pessoa” (Maria).


Esta semana, o ratinho Mateus veio das vindimas com o João e a Soraia e desta visita, surgiu esta linda colagem realizada com rolhas e papel crepe. Obrigado a esta família pela participação.




Os nossos corações…

Os nossos corações…



Modelagem a quente com massa de rissóis