quinta-feira, 4 de abril de 2013

Da culinária se aprende histórias

Fomos para a cozinha armados em cozinheiros, o folar fizemos e uma história descobrimos.

A lenda do folar da Páscoa é tão antiga que não se sabe ao certo qual a sua origem. Reza a lenda que numa aldeia portuguesa vivia uma bela rapariga que se chamava Mariana e esta jovem moça tinha um desejo na vida: que era casar cedo. A pobre coitada passava os dias a rezar a Santa Catarina, até que o um dia a santa ouviu as suas preces. Apareceram dois belos jovens. Um era um jovem fidalgo rico e o outro era um bondoso pobre lavrador. A Mariana voltou a rezar à santa para que esta ajudasse a fazer a escolha certa entre os dois jovens. Quando ela estava concentrada na sua oração bateu à sua porta Amaro, o jovem lavrador pedindo uma resposta e dando-lhe como data limite o domingo de ramos. Passadas algumas horas do mesmo dia apareceu o jovem fidalgo também a pedir-lhe uma resposta. Mariana ficou muito aflita porque não sabia o que fazer. O tempo passou e chegou o domingo de ramos. Uma vizinha veio muito aflita avisar a Mariana de que o lavrador e o fidalgo se tinham encontrado no caminho da sua casa. E que naquele momento travam uma luta de morte. Mariana foi a correr ao seu encontro e pelo caminho ia a rezar à santa. Quando chegou junto deles a boca de mariana abriu-se e saiu o nome do Amaro, o lavrador. Na véspera do domingo de Pascoa, Mariana andava atormentada porque ouvira dizer que no fidalgo iria aparecer no dia do seu casamento para matar o pobre lavrador. Mariana pôs-se a rezar à Santa Catarina, e a santa sorriu-lhe. No dia seguinte Mariana foi até ao altar da santa levar flores e quando regressou a casa tinha em cima da mesa um bolo grande rodeado com ovos e com as flores que a Mariana tinha ido levar à Santa. Correu até casa de Amaro para lhe perguntar se tinha sido ele que lhe deixou o bolo em casa. Ela disse-lhe que não e que tinha recebido um bolo igual ao dela. Pensando que tinha sido o fidalgo foram até a casa dele para esclarecerem a histórias. Quando chegaram a casa do fidalgo este tinha um bolo igual ao deles. Mariana convenceu-se que tinha sido milagre da Santa Catarina. Assim, o folar passou a ser uma tradição coque celebra a amizade e a reconciliação.



 

 
Beijinhos dos meninos e das meninas da sala da Vera e da Teresa.

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