sexta-feira, 24 de abril de 2015

A brincar aprende-se?

O brincar é uma das formas mais comuns do comportamento humano, principalmente durante a infância.
De acordo com as orientações curriculares (1997) a criança possui uma natureza singular, que a carateriza como ser que sente e pensa o mundo de uma forma muito própria. Nas interações que estabelece desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que a circunda, a criança revela o seu esforço para compreender o mundo em que vive.


Através do brincar, ela pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação. Ao brincar, explora e reflete sobre a realidade e a cultura na qual está inserida, interiorizando-a e, ao mesmo tempo, questionando as regras e papéis sociais. O brincar potencia o desenvolvimento, já que assim aprende a conhecer, aprende a fazer, aprende a conviver e, sobretudo, aprende a ser. Para além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção. 


O brincar apresenta caraterísticas diferentes de acordo com o desenvolvimento das estruturas mentais. Segundo Piaget, entre os 2 e os seis/sete anos de idade - a simbologia surge com um papel fundamental nas brincadeiras, como são exemplo: o "faz de conta", as histórias, os fantoches, o desenho, o brincar com os objetos atribuindo-lhes outros significados, etc.
O jogo simbólico oferece à criança a compreensão e a aprendizagem dos papéis sociais que fazem parte da sua cultura (papel de pai, de mãe, filho, médico, etc.). 


O brincar com alguém reforça os laços afetivos. Um adulto, ao brincar com uma criança, está-lhe a fazer uma demonstração do seu amor. A participação do adulto na brincadeira eleva o nível de interesse, enriquece e estimula a imaginação das crianças. 

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