O MONCHO E A MANCHA

“A leitura de histórias não só apoia a construção de sentido em torno da escrita, como também enriquece a interacção da criança com a leitura” (Mata, 2008, p.80).

Wells (1988, 1991), um dos primeiros autores nas investigações sobre a leitura de histórias, debruçando-se na frequência de leitura de histórias, identificou uma associação positiva entre a frequência e os conhecimentos sobre literacia das crianças aos 5 anos de idade. E identificou igualmente uma maior compreensão na leitura nestas mesmas crianças aos 7 anos. Nesta mesma linha de investigação, também Sénéchal e LeFévre (2002) identificaram associações positivas entre os hábitos de leitura de histórias em crianças de idade pré-escolar com o seu vocabulário nessas idades, tendo mais tarde avaliado os níveis de leitura dessas mesmas crianças no 3ºano de escolaridade. Concluiu-se assim que as crianças cujos hábitos de leitura de histórias eram mais frequentes apresentavam maiores níveis de leitura no 3ºano.

Na nossa sala, ouvir uma história pela manhã faz parte da rotina diária!
Na semana passada ouvimos uma história da qual gostámos muito: O Moncho e a mancha.
Aqui deixamos o registo escrito da história:

O MONCHO ESTAVA A DESENHAR (Rodrigo)

DO QUADRADO ELE DESENHAVA UMA CASINHA (Carolina R.), DO TRINGULO DESENHAVA UMA MONTANHA (Mariana) E DO CÍRCULO ELE DESENHAVA UMA CARA (André).

ELE PINTAVA TUDO (Lara R.): O FRIGORÍFICO (Alexandre), A CAMA (Beatriz), O AVÔ (Duarte), A MESA (Carolina R.).

UM DIA ELE FEZ MUITOS DESENHOS QUE A MÃE TEVE QUE ASPIRAR A CASA PARA O ENCONTRAR (Alexandre).

UM DIA ELE FEZ ANOS E RECEBEU UM BOLO CO 8 VELAS (Carolina R.) E UMA PRENDA (Martim). ELE FICOU CONTENTE (Alexandre) PORQUE RECEBEU UMA CAIXA DE AGUARELAS (Frederico) E UM PINCEL (Afonso).

ELE PASSOU A TARDE TODA A PINTAR E ACABOU POR ADOMECER (Carolina S.)

QUANDO ACORDOU VIIU UMA MANCHA (Beatriz) NEGRA (Alexandre).

ENTÃO ELE FICOU A OLHAR PARA VER O QUE ERA AQUILO (Rodrigo).

A MENINA DISSE QUE ERA UM BORRÃO (Guilherme), O JOÃO DISSE QUE ERA O ESPAÇO         (Frederico).

O MONCHO FOI TER COM O PAI (Alexandre) E NINGUÉM SABIA DIZER O QUE ERA A MANCHA. ELE FOI PERGUNTANDO A MUITAS PESSOAS (Carolina R.) MAS NINGUÉM SABIA (Rodrigo).

O MONCHO FOI ANDANDO E PASSOU POR UM PORCO MAS NÃO ERA AQUILO (Rodrigo).

DEPOIS PASSOU POR UMA VACA E DESCOBRIU QUE A MANCHA ERA DA VACA (Duarte).

O MONCHO FICOU UM ARTISTA MUITO CONHECIDO PORQUE SABIA PINTAR VACAS (Carolina).

Depois de fazermos o registo da história cada um escolheu uma folha com uma mancha e transformou-a no que esta lhe parecia.